Miranda, que pisada na bola!

Ah, Miranda...

Ainda me lembro de quando você foi contratado... o SPFC venceu uma disputa com o Inter e foi buscá-lo, esquecido que estava na França... um bom zagueiro, de bom potencial, mas ainda longe da titularidade em um grande clube, e da seleção mais ainda...

No São Paulo, você trabalhou bem, assumiu o posto titular, e fez belas partidas que fizeram com que o clube investisse ainda mais em você, comprando a maior parte de seus direitos federativos e dando-lhe um belo aumento.

Você mereceu, foi um gigante. Mas na sua ascensão, você se esqueceu da gigantesca oportunidade que foi se beneficiar da espetacular estrutura e do nome forte do São Paulo Futebol Clube. Você só viu o seu lado, a sua oportunidade de ganhar uma bolada.

Miranda, você tem um contrato assinado, e o clube tem total direito de mantê-lo no elenco, caso ninguém pague a justa multa contratual. Você é muito jovem, e este adiamento na sua venda poderá até lhe dar muito mais dinheiro.

Mas você deu um tiro no pé, com as declarações descabidas depois do final da janela. O que esperamos é que desminta todas elas com um futebol profissional e sério, que justifique todo o esforço da diretoria tricolor em mantê-lo no elenco.

Saiba que daqui para frente você será muito cobrado. Se seu rendimento cair, será acusado de mercenário, sua carreira poderá sofrer um grande retrocesso. Todos estarão de olho nas suas atitudes. Você se expôs, e agora será assim.

Se você continuar bem e for vendido no final do ano, será lembrado como um grande zagueiro. Mas se o SPFC se classificar para a Libertadores e você resolver continuar aqui até o final dela, poderá quem sabe ser lembrado como um ídolo, tal qual o Lugano.

E não se esqueça: se continuar jogando bem, irá à Copa. Será vendido por muito mais, ganhará muito mais e estará apenas com 25 anos. E poderá disputar mais uma Libertadores pelo São Paulo, quem sabe sendo campeão e entrando para a história como um gigante.

Está em suas mãos, Miranda.

Campeões começam assim

Histórico o jogo contra o Sport na Ilha.

A maioria dos tricolores, com a expulsão do Renato e o gol do adversário deve com certeza ter temido pelo pior.

O empate seria um resultado apenas razoável, a derrota teria explicação pelas expulsões e desfalques. Talvez o time continuasse sua reação, isso seria considerado um contratempo.

Mas os Deuses do futebol abençoaram Junior Cesar Bolt numa arrancada fulminate, heróica, para que num passe preciso encontrasse Hugo livre para desferir uma cabeçada mortal.

Isso me faz lembrar de outros jogos assim, vitórias heróicas que resultaram em arrancadas para títulos. Como aquela virada em São Caetano (4X3), que deu ímpeto e confiança ao time para a arrancada do título paulista de 2005. Ou os 4X2 no Flamengo no Maracanã, que deu a força necessária para o Brasileiro de 2007.

Jogos assim são marcantes, e costumam fazer com que o São Paulo se agigante e corra de forma avassaladora para o título.

Jason despertou de vez. E o hepta se torna a cada dia uma possibilidade mais real.

Richarlyson

O comentarista Cosme Rímoli escreveu um artigo em que exalta a garra, o caráter e o bom futebol de Richarlyson. Concordamos totalmente com isso.

E questionou a torcida do São Paulo, criticando-a por pegar no pé do jogador, por não reconhecer seu valor, tratando-o de forma hipócrita e cruel.

Mas o que o Cosme não disse é que esse tratamento parte especificamente de uma torcida organizada. Se ele entrar nos blogs e fóruns, vai perceber que na sua grande maioria a torcida o respeita, e até admira.

Portanto, Cosme, antes de injustiçar uma torcida inteira por conta da infâmia de alguns, você deveria ter a certeza de que essa é a voz corrente entre os são paulinos.

Ou talvez haja outra hipocrisia nessa história, esta sim verdadeira. Talvez artigos como o que você escreveu, carregado de pré-conceitos contra toda uma torcida pela atitude de alguns, seja na verdade uma forma velada de atacar um clube do qual você tenha todo o interesse de conturbar.

Hoje, infelizmente, existe na mídia um mal dissimulado jornalismo clubístico, onde existem aos montes péssimos profissionais que usam o poder da divulgação para prejudicar adversários. Contribuem para que a verdade seja cada vez mais encoberta, para a rivalidade doentia e até para a violência.

Uma das missões deste blog será criticar sempre, e duramente, este tipo de artigo carregado de inveja e cínico oportunismo.

Principalmente de quem tem histórico nesse tipo de "jornalismo".

Diferenças de Administração

O Corinthians vende dois jogadores importantíssimos para o time, e arrecada 10 milhões de reais, pois os dois tinham seus direitos na mão de empresários, e o clube nada pode fazer.

O Palmeiras, para conserver Pierre, um de seus jogadores mais importantes, tem que meter a mão no bolso, gastar uns milhõezinhos e dar 70% de aumento para o cara, senão qualquer clube do oriente levava fácil.

E o São Paulo, vende um jogador que não custou nada (Eduardo Costa), e que estava fadado à reserva, por 6,7 milhões...

São Paulo é São Paulo...

Até os pênaltys voltaram...

Para quem frequenta blogs, fóruns e sites tricolores, um comentário muito comum foi sobre o fato de os juízes nunca darem penalidades máximas para o SPFC. Surgiram as famosas teorias da conspiração, que todos são contra nós, que ninguém deixaria o São Paulo ser tetra (de tudo).

Pura Bobagem. Pois os pênaltys voltaram, de uma forma natural e até previsível.

Como é que iríamos ver penalidades marcadas a favor se o time nunca fazia jogadas de progressão, nunca invadia a área do adversário tocando a bola? Ou alguém acha que os velhos chutões sobre a área, em cobranças de falta, escanteios e até com a bola correndo, iriam resultar em pênaltys?

Nessa iniciante era de Ricardo Gomes estamos vendo um outro time. Jogando no chão, fazendo jogadas rápidas e tocando a bola, invadindo a área adversária, ousando dribles. E essas jogadas muitas vezes são paradas com falta.

Daí o consequente aumento nas penalidades máximas.

E que se cuidem os adversários com as faltas fora da área também... em breve teremos Rogério "Air" Ceni e o excelente cobrador Adrian Gonzales para assustar mais um pouco...

Falta de ousadia?

Muito se falou do marketing tricolor nos últimos tempos. Como de resto no clube, é tido como eficiente, um modelo para outros times do Brasil. Mas será mesmo?

O produto do marketing do São Paulo é o futebol, e o marketing feito para vender aos torcedores. Estes, por sua vez, ficarão estimulados a comparecer aos estádios e comprar os produtos de acordo com a eficiência e as glórias alcançadas por seu time de coração. Em última análise, a torcida é o grande alvo, e a necessidade da torcida é satisfeita pelo time de futebol; se for bom, mais receitas e poder ao clube. Se não, queda nas receitas, diminuição de torcedores, etc.

Ser torcedor é ter identificação com um clube, com sua história. Mas também com o time, os jogadores.

Numa recente entrevista do Lugano, ele deixou claro: adora o SPFC, foi feliz aqui, se identificou com a torcida. Ele só está na Turquia por dinheiro, para o bem de sua família. 

Imaginem ele na semifinal do paulista contra o time da marginal: poderíamos até ter perdido, mas da parte dele sobraria raça, e não aquela indolência do time. Teríamos um jogador que levanta o grupo e a torcida, um símbolo. Ou alguém vai me dizer que uma zaga com 3 homens, tendo o Lugano como zagueiro de sobra, não seria excelente? E que o espírito de gladiador do Lugano não faria bem à equipe?

Porquê o SPFC não ousa? Porquê se contenta apenas em trazer jogadores em final de contrato ou livres, para não pagar nada? Imaginem uma volta do Lugano, e o SPFC fazendo uma camiseta que poderia ter em cima a frase "DIOS LUGANO", com uma foto dele com a taça do tri-mundial, e em baixo a frase "El Morumbi te Mata!", por exemplo? Será que não venderia muito? Fora outros produtos que poderiam ser lançados com a grife Lugano... aposto que pagaria com sobras um belo contrato, a nível europeu, para ele...

Não valeria a pena? Não seria excelente para a torcida ter um ídolo no time, e um zagueiro fantástico? Será que a diretoria não entende que uma torcida vive de títulos, mas também da identificação com o time, com seus ídolos? Eu trocaria o salário de um monte de come-dorme que estão no elenco pela volta de um Lugano e pela subida de alguns garotos da base. Pois conviver com o Lugano poderá contagiar os garotos, será um exemplo.

O Marketing só será eficiente se levar em consideração as necessidades da torcida. E a torcida necessita de ídolos, identificados com o clube. Talvez seja muito mais eficiente repatriar, mesmo que a alto custo, jogadores que farão a diferença. Na técnica, na identificação com o SPFC e com a torcida, na raça. Ao invés de tantos jogadores que chegam com salários estapafúrdios (mesmo que venham de graça), e não rendem nada, melhor seria investir alto num Lugano, ou ainda num Juninho Pernambucano. Além da indubitável qualidade, eles seriam os líderes do time e uma influência muito positiva para os excelentes garotos da base.

Tenho certeza que o marketing do São Paulo poderia vender muito mais com jogadores assim no time. Estádios mais cheios, mais camisas e outros produtos vendidos... não valeria a pena? E para nós, um time com mais qualidade e com jogadores que daria gosto de ver em campo....